Cai a chuva forte lá fora e aqui dentro um coração quieto tenta dormir mas não consegue... A mente, em sua turbulência de idéias e emoções não definidas (angustiantes e contraditórias) não deixam o pobre coração adormecer.
Não obstante, a mente logo se ocupa em colocar a mão para trabalhar na nobre labuta da escrita. Meio preguiçosa e sem forças (pois já estava dormindo!), a mão põe-se a escrever tudo o que a mente incansável mandava-lhe escrever.
A chuva aumentava lá fora e, seu barulho faz com que o coração queira ainda mais adormecer ninado pela canção das águas. A mão, agora desperta, continua seu trabalho intenso ao qual foi acordada pela mente...
Ah a mente... esta não se percebeu em nenhum momento o que estava fazendo ao não deixar ninguém dormir: mergulhava a cada instante em seus pensamentos rasos que criava a cada minuto e sem nem ao menos ver toda a bagunça que estava fazendo!
Foi quando, de repente, a mente percebeu o que acontecia:
O coração adormecia por causa do seu cansaço, a mão já não se importava mais com o seu trabalho e a chuva - sim, a chuva lá fora...- estava cada vez mais forte com um único propósito: criar mares profundos para os rasos pensamentos da mente inquieta se tornem profundos o suficiente para a mente mergulhar de cabeça e tornar esses pensamentos em sonhos para o coração!
(Mas e a mão? Esta voltará a dormir até o coração despertar onde ela deverá, mais uma vez, trabalhar para executar e edificar os pensamentos da mente e os sonhos do coração!)
3 comentários:
Belíssimo texto. Propício nesse momento em que não consigo dormir.
obrigada
Nossa Amélie. Muito bonito mesmo!
Aproveitando... Feliz Aniversário mais uma vez =D.
Beijao.
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